Indie Lisboa 2009

O Indie Lisboa está em pleno funcionamento, e é altura de deixar aqui algumas impressões sobre os filmes que tenho visto. É verdade que já vamos entrar no 6º dia, mas só agora é que tive uns momentos para alinhavar uns textos mais ou menos coerentes.

Vamos então começar, por ordem, com a sessão inaugural, onde foi apresentado o novo filme de Werner Herzog, que é este ano objecto de uma retrospectiva no Indie. Estava aliás previsto que o realizador alemão se deslocasse a Lisboa, mas este acabou por cancelar a sua presença à última da hora, invocando excesso de trabalho.

A apresentação de Encounters At The End Of The World ficou assim a cargo do seu produtor, que representou o melhor que pôde o papel sempre ingrato de substituto, lendo uma carta de Herzog com as desculpas da praxe e os agradecimentos vazios de sempre.

A sessão inaugural decorreu assim sem realizador consagrado, mas perante um S. Jorge repleto, tendência que se tem mantido ao longo das diversas sessões a que tenho assistido.

É extremamente positivo que, mesmo numa altura de crise, o público continue a aderir a iniciativas como o Indie Lisboa. Um sinal da maturidade do público, que vem provar que existe uma imensa minoria passível de ser captada para eventos culturais que se saibam posicionar.

E esse trabalho de posicionamento tem sido executado de forma muito conseguida pela organização do Indie, que tem tido o discernimento de resistir à tentação de descaracterizar o festival para alargar o seu alcance. Independentemente de critérios de programação, sempre discutíveis, é inegável que a equipa responsável pelo Indie soube gerar e alimentar uma dinâmica de público que garante a continuidade do festival. O Indie é hoje um evento “in” sem abdicar do seu público nuclear, e isso não acontece por acaso.

Esse é um mérito concedido à partida, e que merece desde já o nosso aplauso. Quanto aos filmes, seguem-se as críticas.

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